Bicicletada Florianópolis

3 mar

Hoje, 03 de março, as 19 horas vai rolar uma bicicletada aqui em Florianópolis. Ainda como protesto em relação ao atropelamento de Porto Alegre do qual falamos dois posts atrás.

Recebi o convite por um e-mail que já tinha passado por tantos lugares que ficou impossível descobrir quem está organizando o evento. Mas aceito sugestões. 🙂

Bem, sei que já está bem em cima da hora, mas mesmo assim resolvemos dar uma contribuiçãozinha com o evento (já que provavelmente estaremos aqui trancados no escritório quando ele estiver rolando). E fizemos um cartaz. 😀 A gente adora cartazes, devem ter notado.

As informações do cartaz são do tal e-mail que diz:

<< Bicicletada Floripa – Extraordinária 

Em solidariedade aos colegas de Porto Alegre, atropelados covardemente na bicicletada da última sexta.

Pela paz e pelo fim da impunidade dos crimes de trânsito!

Quinta-feira, 03 de Março
18h concentração, 19h saída
Local: Praça em frente ao Shopping Iguatemi, junto da Pista de Skate.

Venha, compareça, venha de branco, traga suas faixas, seus cartazes. Nenhuma pressa vale mais que a vida de ninguém. Venha de bike, de skate, de patins, de patinete ou a pé.

Queremos acima de tudo, um mundo mais agradável e gentil!

A rua é de todos!

www.bicicletada.org >>

 

Bem, se ainda der tempo de divulgar, podem usar o cartaz onde quiserem. (Só que essa versão não é boa pra impressão! Se quiserem outra eu mando)

Outro toque: duas das fontes usadas no cartaz são FREE e fazem parte do Projeto Unique Types que apoia a AACD, vale a pena dar uma olhada.

Mobilidade na vida real

2 mar

Encontramos a solução para todos os problemas de mobilidade de Florianópolis! Mentira. :B Não é uma solução completa, mas é uma tentativa bem agradável.

O MObfloripa é um portal que reúne informações de rotas, serviços e indicações sobre mobilidade urbana em Florianópolis.  Pra quem não está muito familiarizado com o conceito de “mobilidade urbana”, o próprio site dá algumas definições:

<< “Mobilidade Urbana é o resultado da interação dos deslocamentos de pessoas e bens entre si e com a própria cidade. Isso significa que o conceito de mobilidade urbana vai além do deslocamento de veículos ou do conjunto de serviços implantados para estes deslocamentos. Pensar a mobilidade urbana é mais que tratar apenas transporte e trânsito”.(Ministério das Cidades, 2006)

“Mobilidade Urbana Sustentável é o resultado de um conjunto de políticas de transporte e circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável” (Definição da ANTP, 2003). >> Fonte: MObfloripa.

Ou seja não puxar a brasa pra nenhum lado, seja ele público ou privado, o ideal é priorizar o coletivo. Assim, o portal reúne informações sobre várias maneiras de se locomover, de helicópteros a biciletas. As informações são apresentadas em categorias diferentes. Funciona assim: você clica no ícone do meio de transporte que escolher, e o site indica informações de serviços relacionados àquele meio. Claro, esses serviços só estão lá disponibilizados por que alguém foi lá e anunciou. Aí você pode encontrar informações sobre horários de ônibus, aluguel de bicicletas, sites de carona ou serviços pra portadores de necessidades especiais. Além disso existem informações sobre rotas de ciclovias (A) e de linhas de ônibus. Entre outras coisas.

(A)

Onde existem ciclovias em Florianópolis:
No google maps Vias Ciclísticas da Grande Florianópolis .

E onde deveriam existir ciclovias em Florianópolis segundo o projeto Bacias Cicloviárias que foi desenvolvido pela Via Ciclo. (Bacia do Itacorubi):

Bacia Cicloviária do Campeche

 

O pode ver direto no google maps a Bacia Cicloviária do Itacorubi entre outras.

 

Além de tudo você pode colaborar com o site enviando sugestões de melhoria.

Nós do Sustentabilsimo, obviamente, adoramos a idéia e já vínhamos tentando escrever sobre isso a bastante tempo. E, claro não vamos deixar de usar o serviço todas as vezes que tivermos oportunidade.

E quanto essa coisa bairrista de ficar falando de Florianópolis. A gente também não corte muito, mas estamos aqui, né, é inevitável. :B No entanto adoraríamos saber e divulgar iniciativas parecidas em outros lugares. Alguém sugere?!

Oito ou oitenta

28 fev

O que aconteceu em Porto Alegre ontem foi simplesmente uma ilustração, bastante dramática por assim dizer, da corriqueira realidade do transporte brasileiro. Estou desde as 8 da manhã, quando fiquei sabendo do tal atropelamento, destilando argumentos racionais pra poder escrever sobre isso. Mas, não posso negar que o que mais tem passado na cabeça não nem um pouco racional. Ora, que, diabos, foi isso? Tipo, oi, saio tentando matar pessoas no meio da rua, e tá tudo bem por meu lado? Ainda não acredito que alguém consiga argumentar a favor desse imbecil.

Mas vamos aos argumentos racionais.

O primeiro texto que li sobre o “ocorrido” foi do Terra dizendo que o “delegado de trânsito de PoA criticava o movimento” (http://noticias.terra.com.br/brasil/transito/noticias/0,,OI4964256-EI998,00-Delegado+critica+movimento+de+ciclistas+atropelados+no+RS.html) Bem, forçando bastante pra ser racional (quase de direita), as cidades em geral costumam ter regulamentação ou, pelo menos, procedimentos, pra acompanhar manifestações populares. – Certo que aqui em Florianópolis tendo a acreditar que servem apenas pra organizar a logística da tropa de choque (bope, cavalaria, cachorro, aquela coisa toda). Mas, quando eu participei da organização de protestos aqui, fazíamos questão de avisar a polícia. Voltando ao assunto… – Assim, podemos partir do princípio de que regras são feitas pra organizar a sociedade, logo devem ser cumpridas. Não, é não?

Bem, isso depende muito de qual a sua intenção em relação àquelas regras. No caso em questão, podemos começar pelo fato de que a organização das cidades brasileiras favorece muito pouco o uso de bicicletas – isso sem citar o transporte coletivo caótico e/ou precário, e as péssimas condições também para os pedestres.  Logo, os ciclistas e pedestres brasileiros – ou seja os seres humanos desprovidos de uma maquina motorizada. Ou ainda, qualquer ser humano que venha, em algum momento, precisar caminhar pela rua, seja por um minuto, nesse país –  tem o seu direito de ir e vir desrespeitado pelo poder público. Pois um direito de ir e vir em que se tem que pagar pra poder se deslocar não é um direito público. Assim, o que resta para esses pedestres e ciclistas é tentar convencer o poder público de que eles existem e também têm direitos. O que por si já é um absurdo, pois o poder público tem a obrigação de saber a quem governa.  E, todos sabemos, existem dezenas de maneiras de se fazer isso, mas poucas delas funcionam. Uma dessas maneiras é simplesmente dar a cara a tapa no meio da rua e dizer “estamos aí trancando o seu trânsito, e agora?”. Essa maneira de agir utilizada por gente de todo o mundo é chamada por algumas pessoas de “desobediência civil” que, segundo a wikipédia é:

“é uma forma de protesto a um poder político (seja o Estado ou não), geralmente visto como opressor pelos desobedientes. É um conceito formulado originalmente por Henry David Thoreau e aplicado com sucesso por Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia e do Paquistão.” (wikipédia. 28/02/11)

Um grupo de indivíduos que participa de atos de desobediência civil busca, por conceito, mudanças na sociedade que venham facilitar a vida do todo. Em outras palavras, se desobedece pacificamente (fora algumas correntes um pouco mais radicais, mas não vamos entrar no mérito) algumas leis para que elas sejam modificadas. Muito diferente de, por exemplo, você se irritar por que a rua está trancada e tentar matar pessoas.

Dar o mesmo juízo de valor para “o ato de trancar uma rua numa manifestação” e “atropelar pessoas com um carro em alta velocidade” pelo simples fato de que regras foram desobedecidas em ambas as ações,  prova não só que as autoridades políticas/policias não tem a mínima noção de como funciona uma democracia. Como também não tem a mínima noção de humanidade. OMFG, como alguém pode comparar tentativa assassinato com engarrafamento? E, pior, como um imbecil desse está num cargo de autoridade numa cidade onde moram milhões de pessoas?

Eu mesma respondo: Surpreendente seria se fosse diferente.

Como disse no começo desse post, esse acontecimento em PoA não passa de um registro em vídeo de algo que acontece diariamente no país. Não preciso nem ir muito longe. Aqui mesmo no sustentabilismo, nossa blogueira ex-ciclista já foi quase atropelada numa (ou várias) situação muito semelhante, porém estando em cima de uma ciclofaixa, simplesmente se locomovendo. Dentro da lei!

E aí, o que me dizem?

(postarei sem revisar, me perdoem. :B)

 

Workshop de Service de Design

15 fev

Tá rolando, essa semana, um workshop de Service Design com o Mauro Alex Rego. Não sabe quem é ele? Então acho que é bom você se inscrever. Pra participar tem que mandar um e-mail pro Mauro (rego@servece-design-network.org  e confirmar.

(Eu ia escrever alguma coisa sobre, mas aí tava escrito e inglês lá no site. Sabe com0 é, né. :B)

Mais informações aqui: http://www.service-design-network.org/content/service-design-basics-10

Filosofia do design

11 fev

A dica de hoje não fala de sustentabilismos do mundo afora e sim de Filosofia do Design. Tem vídeos belíssimos e ainda um manifesto anti-design. Iniciativa muito bem executada pelo Grupo de Estudos PPG-Design UFPR, AntiCast e Marcos Beccari.

Nós, do sustentebilismo, apoiamos esta iniciativa.

E não deixem de seguir o twitter deles.

A culpa é de quem?

10 fev

Começando uma conversa…

Agora pouco o @institutoakatu perguntou via twitter:  “Vc pensa em sustentabilidade qdo compra? Se sim, o q faz?/Sustentável = socialmente justo + $ viável + ecologicamente certo.”

@LuaraFernandez respondeu que: “Faltam mecanismo que possibilitem q o consumidor obtenha, de maneira prática, informações sobre a origem do q consome.”

E nós respondemos que as “maquiagens ecológicas”  pioram muito as coisas pro lado consumidor. Aí a Luara perguntou quem fiscaliza essas questões. Obviamente não consegui responder isso pelo twitter.

Enfim, vamos aos fatos (sim, fatos :B):

De quem é a responsabilidade pela fiscalização do nosso querido Greenwashing (a tal da maquiagem verde)?

É não faço ideia uma boa pergunta. Bem, até onde sei os responsáveis pela fiscalização e pela regulamentação das informações que as empresas passam sobre seus produtos são os orgãos de regulamentação de cada área. Ou seja, a Anvisa, por exemplo é responsável por regulamentar e  fiscalizar informações a respeito de alimentos e outros produtos relacionados à sua competência (vigilância sanitária). Assim funciona com outros ógãos em suas devidas competências (Ex. O Inmetro pra normas técnicas, etc) . Em geral esses órgãos pertencem ao governo, e as regulamentações tem o peso de leis.

Mas existem algumas variações como as certificações – que não são regras obrigatórias, mas se você seguir ganha a certificação do órgão responsável dizendo que você “segue determinado padrão”. Esses órgãos são responsáveis pela fiscalização das empresas certificadas por eles. Alguns órgãos reconhecidos que emitem certificações ambientais no Brasil são a FSC (relacionada a certificação de madeira), o Sistema ISO (com o ISO 14.000).*

O que complica tudo é que as informações relacionadas a sustentabilidade pertencem a vários setores, logo podem ser responsabilidade de órgãos totalmente diferentes ou de ninguém. Em outras palavras se você quer informações sobre produtos orgânicos pode procurar as normas referentes a esse tipo de produção (sei que elas existem, mas não lembro de quem são). Se está comprando um móvel de madeira pode procurar órgãos ambientais que certifiquem a procedência da madeira. Mas no caso de situações em que o produto em questão não tenha ninguém que certifique ou regulamente, ficamos a mercê de informações publicitárias.* Muitas vezes mentirosas e meramente publicitárias. É aí que entramos nessa terra, que não é sem lei, mas gostaria muito de ser, que são os domínios da publicidade. Há quem defenda a intervenção governamental, criação de leis regulamentadoras, etc. (o caso da publicidade de produtos infantis é ótimo pra entender isso). E a quem defenda firmemente a “liberdade de criação” na publicidade, em geral os publicitários. Ou a tal da auto-regulamentação que eles tanto gostam de falar. Enquanto não se chega a nenhuma conclusão, muitas empresas continuam produzindo absurdos sob um rótulo verde e vendendo mais às custas da ingenuidade e boa vontade dos consumidores. Claro que nem todos são do mal e querem enganar o mundo. Nem mesmo todos os que falam absurdos, acredito que muitas empresas realmente acreditem que estão produzindo coisas “ecológicas” sem estar. Assim como muitos consumidores acham que as estão consumindo.

*O que deixa tudo muito pior é que não temos como ter a mínima segurança de que as pessoas estejam falando a verdade. Isso por vários motivos. 1- Ainda existe muita contradição referente ao impacto (não só ambiental) de muitas coisas. O PVC, por exemplo é abominado em vários países. Organizações reconhecidas como o greenpeace falam muito mal desse material, sobre ser tóxico na fabricação e no uso, entre outras coisas. E nós, brasileiros, usamos PVC pra conduzir água e ainda o vendemos como material totalmente reciclável (o que leva algumas pessoas a acreditar que ele é “sustentável”). Isso por que muitos cientistas defendem o uso do PVC, dizendo que o material absolutamente não é tóxico. Quem está certo? Ou melhor, quem está falando a verdade? O que nos leva ao motivo: 2- Seria muita ingenuidade pensar que as pessoas e empresas deixariam os princípios ambientais à frente dos princípios corporativos. Como dizem, cada um puxa a brasa pra sua sardinha. Um ótimo exemplo é o posicionamento da organização plastivida (financiada pela indústria petro-química) em relação ao consumo de plásticos. Mas ela é só uma num mar de contradições e jogos coorporativos. O motivo 3- diz respeito à difusão alarmantes de informações, digamos, fantasiosas, sobre sustentabilidade. Que é quando as pessoas acham que estão fazendo uma grande coisa pelo meio ambiente ou pela sociedade quando na verdade não estão fazendo NADA, se não piorando as coisas. Nós aqui do sustentabilsimo já escrevemos várias vezes sobre isso. Exemplos clássicos são os dos carros elétricos, que todos veneram e que diminuem muito pouco do impacto produzido por veículos (John Thackara no Livro “Plano B” fala muito bem sobre isso). Ou achar que a recilagem de garrafas PET vai resolver o problema do impacto do consumo exagerado de embalagens (leia aqui pra entender o que achamos disso).

Olhando assim, parece que não temos saída. E de fato as coisas são realmente muito complicadas. Pra conseguir sobreviver no meio de tantas informações, sem ter noção do que é verdade ou somente “maquiagem” só buscando ainda mais informações. Ler a respeito e procurar conhecer informações diversas sobre cada situação ajuda muito a  formar uma opinião própria (por mais clichê que seja essa frase :B). Mas, ainda assim teremos que confiar em alguém. Paciência, vivemos em sociedade, e é esse o preço.

O sustentabilismo é um blog de opinião – desses bem chatos que fala mal de todo mundo e ainda acham que é engraçado – e, devo dizer que procurar opiniões alheias pra escrever às respeito tem nos ajudado a ampliar bastante o nosso campo de visão. E já sinto que isso influencia na nossa atuação profissional como designers de produto (todos menos o Caue são designers ou o serão). Bem, o que me resta, pra quem quer saber por que eu escrevi essa baboseira coisa toda, é indicar algumas de nossas referências, né não?

Então vai aí: O Livro “Plano B” do John Thackara é o meu preferido. Ele fala coisas que nem passavam pela minha cabeça ante de conhecê-lo. O Instituto Akatu, que provocou o início dessa conversa é uma das poucas organizações que ainda me parecem confiáveis no que dizem. Mas chega de babação, né?

Ah, eu comecei esse post querendo iniciar uma conversa mas, pra variar, escrevi um pouco demais. Mas ainda quero as suas opiniões.

E então:

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

Alguém se habilita? (du-vi-do, vocês nunca respondem os meus posts :~ (

A coisa mais difícil

10 fev

“A coisa mais difícil é desenhar o Planeta Terra assim redondinho, o universo” Jacinto André, 7 anos.

Vídeo indicado pela @revistatitude no twitter.

” Design é um meio de conformação entre os problemas globais e as necessidades do homem, como tal deve consciencializar, educar e apresentar soluções… Não podemos deixar de mudar o mundo.” (www.oqueeodesign.web.pt)

Cereal art

9 fev

"Quero morar na cozinha do Sustentabilismo" disse o esperto urso.

Nós, do Sustentabilismo, amamos qualquer coisa que envolva um urso branco. Sem preconceitos, somos (quase) politicamente corretos.

Gente, coisa mais linda do mundo, este urso-pote de cereal e biscoitos do Tom Ortteness. Ainda bem que custa $185 (dó-la-res). Bagatela.

Luxo, luxo, luxo 🙂

Só faltam as vacas!

8 fev

O figurão de hoje é o designerzão Hafsteinn Juliusson, que ao que tudo indica é um cara muito conceitual – e você provavelmente estudou (ou estuda) com algum assim. Mas, diferente do seu colega conceitual, este cara é um sucesso.

Bom, vamos então a auto-definição do sujeito (que provavelmente escreve de si mesmo na terceira pessoa):

” Hafsteinn  prefere abordar o design por uma nova perspectiva e atingir diversas pessoas. Em seus projetos,  gosta de envolver sociedade (!), ecologia e fugir da produção em massa.  […] Ele é fascinado pelas coisas simples, com soluções divertidas e conceitos fortes”

Em resumo: ele deve ser babacão pra caramba. Certamente é vegetariano (nada contra, hein). Mas, digamos, tem um trabalho digno de nota (ou post, neste mísero caso).

O conheci pela ObviusMag, devido a sua linha de joias-conceito-grama. Que, basicamente, é um anel com musgo dentro, que precisa ser regado e bem cuidado para durar até DOZE semanas. Efêmero, não? É claro que tudo isso tem um questionamento por trás, contudo, creio que seja mais eficaz (e sensual!) fazer topless na Av. Paulista.

anel-saladinha

Enfim, é essa coisa de conceito, contra cultura e afins, que no fundo, pra mim, não passa de uma grande palhaçadinha para chamar a atenção. A única que eu perdoo usando esta coisa é a dona Anna Paula, que é conceitual, lesada e vegetariana 😉

Sensualizando no gramismo. Tëndença para 2012?

Uêba! Tem pros menines também! Vem gente!

Bom, mas o menino Hafsteinn-Juliusson não parou por aí não e seu portifólio tem várias loucuragis, como o seu slim-chips, que vende uma comida não junkie, no qual o ingrediente principal é papel comestível. Ele ainda milita “não engorde, apenas coma nada”. Fofo, né? A galera dos distúrbios alimentares agradece. Ah, mas não se preocupe, tem sabores para todos: menta, blueberry, cheddar e wasabi.

Delícia não calórica para combater o stress e mundo junkie.

Bom, vale a visita ao portfólio do cara. Tem um monte de projeto lá. Divirtam-se!

Mas, para mim, sempre ficará aquela dúvida: Questionador ou ligadíssimo no mercado? Quem sabe os dois…  Prometo que se um dia eu tiver a oportunidade, tomo uma cervejinha (orgânica) com ele. Preparem os holofotes!

(via a minha nova preferida do mundo, obviosmag)

Da coisa certa, pelo motivo errado.

7 fev


O Riozinho, de tão relevante, não consta no Google Maps.

Fato que orgulha seus nobres moradores. Uns mais nobres que os outros, é verdade.

Se o Riozinho está localizado na praia do Campeche e o Campeche, por sua vez, está localizado na Ilha de Florianópolis, há de se esperar que boa partes destes nobres moradores sejam também extremamente provincianos.

Entenda-se por provincianos, seres que acreditam deter de poderes sobrenaturais sobre algum espaço físico, neste caso, o Riozinho.

Ainda que tenhamos divergências sobre quem criou o mundo, para os diletos moradores do Riozinho não há dúvida alguma: são eles os donos do lugar.

E são com nobres argumentos que os provincianos moradores reinvidicam seus direitos. São eles que estão ali para defender a preversação do meio ambiente, apenas esquecendo do pequeno detalhe que suas casas não foram criadas por nenhum ser superior e sim por construtoras vorazes pela especulação imobiliária.

Sâo estes moradores que reclamam do trânsito, mas não deixam de sair de casa com seus carros que consomem combustível como um tanque de guerra.

E por falar em guerra, é isto que os diletos moradores do Riozinho creem ser a única solução para expulsar estes turistas branquelos do seu oasis bronzeado.

Que queiram seu espaço respeitado, tudo bem. Todos queremos. Que queiram o bem da natureza, estaremos junto para lutar. Mas o nome disto que vocês lutam, protestam e panfletam é interesse próprio. Todos podem e devem reclamar por um trânsito digno, por espaço para todos, por praias limpas e por uma cidade organizada, mas enquanto o motivo for outro, estarão sempre reclamando da coisa certa, mas pelo motivo errado.